terça-feira, 20 de julho de 2010

Candidato do PSTU diz que Dilma, Marina e Serra não representam mudança para o país
O candidato do PSTU à Presidência, Zé Maria, criticou durante sabatina do D1 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Zé Maria também atacou os adversários Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB). Segundo ele, os três principais candidatos “são iguais” e não representam nenhuma mudança para o país. A entrevista do candidato será retransmitida às 22h de hoje na Record News - saiba como sintonizar o canal na sua cidade.

Em 30 minutos de entrevista, Zé Maria defendeu a estatização da Embraer – fabricante brasileira de aviões. Para ele, as pessoas se confundem ao afirmar que a empresa é brasileira, já que há fundos de pensão americanos entre os acionistas da fabricante de aviões.

Zé Maria recordou que, em meio à crise financeira mundial, a companhia demitiu 4.200 funcionários e, mesmo assim, lucrou mais em 2009 que em 2008. Segundo ele, a empresa não pode priorizar os lucros que são enviados a acionistas em Nova York.

Adversários

Segundo ele, Dilma, Marina e Serra não representam uma mudança nos rumos do país e suas candidaturas estão “comprometidas”. Zé Maria afirmou que, ao contrário de seus adversários, ele propõe o rompimento com o modelo atual e melhorias para a classe trabalhadora.

- O Brasil já conheceu oito anos do PSDB e DEM, e foi uma tragédia para o Brasil. A vitória do Serra seria uma tragédia porque seria uma repetição do [governo] Fernando Henrique Cardoso. A vitória da Dilma não representa uma mudança para o trabalhador, ela continuaria o que o Lula faz, ele mantém a prioridade para os lucros dos bancos. Marina era governo quando foi aprovada a transposição do [rio] São Francisco, os transgênicos. Não há melhor nem pior, eles defendem o que ai está. E nós defendemos as mudanças.
Zé Maria, que participou da fundação do PT e começou na vida política ao lado de Lula, afirmou que não concorda “com nada” do que o presidente faz. No entanto, o candidato do PSTU negou que guarde mágoas do PT. Ele saiu do partido em 1992, após defender o movimento “Fora Collor”, que enfrentava resistência da direção nacional do PT.

Temas polêmicos

Em relação ao casamento entre homossexuais, Zé Maria defendeu a união entre pessoas do mesmo sexo e afirmou que “todos têm direito de ser felizes”.

- Somos a favor do casamento de homossexuais. As pessoas não são diferentes por causa da opção sexual. Todos têm direito à felicidade.

Zé Maria defendeu que o Estado precisa encarar o aborto como um problema de saúde pública e “assegurar o direito” das mulheres que optarem por abortar.
Em relação às drogas, o candidato criticou a atual política de combate ao crime organizado. Ao fazer suas considerações finais, o candidato do PSTU disse que o projeto de construir um país "igualitário e socialista" é um sonho, mas que deve ser perseguido para que se torne realidade.

- Estamos convidando os jovens e trabalhadores para participar.

Campanha

Questionado sobre quem apoiaria em um possível segundo turno, o candidato socialista afirmou que vai lutar para chegar lá, mas que, caso não consiga, vai “levantar a bandeira” do voto nulo. Segundo ele, apenas o PSTU defende uma candidatura socialista e, por isso, o partido não vai declarar apoio a nenhum candidato.

Em relação à maneira como a campanha é feita, Zé Maria defendeu que o povo “assuma” o sistema eleitoral.

- Não tenho R$ 200 milhões para gastar na campanha, o Serra, a Dilma também não. Eles vão ver nos bancos, empreiteiras... E depois vão governar para quem?

O candidato reclamou do pouco tempo na TV e disse que a população vota sem sequer saber quem são os outros candidatos e, quando conhece as opções, não sabe o que eles pensam.

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