quinta-feira, 22 de julho de 2010

Descoberta do telescópio espacial Kepler revela que talvez não estejamos sós no Universo


Mais de cem planetas de tamanho parecido ao da Terra, descobertos nas últimas semanas, foram revelados pelo astrônomo Dimitar Sasselov, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Os planetas foram descobertos pelo telescópio espacial Kepler, que vem escaneando os céus atrás de planetas que orbitam estrelas desde que foi lançado no ano passado. A descoberta levanta a possibilidade de que talvez não estejamos sozinhos no Universo. A informação foi revelada nesta quinta-feira (22) pelo jornal inglês DailyMail.

Os cientistas dizem que devem existir em torno de 100 milhões de planetas na Via Láctea que abrigam as condições necessárias para a existência de vida. Eles esperam conseguir identificar cerca de 60 desses planetas habitáveis como a Terra nos próximos anos.

Kepler descobre planetas ao detectar “piscadas” quase imperceptíveis, que acontecem quando ele passa na frente da estrela. Esses “trânsitos”, como são conhecidos, produzem uma pequena mudança no brilho de uma estrela da ordem de 100 partes por milhão que dura de duas a 16 horas.

Informações como o tamanho do planeta e a extensão de sua órbita podem ser calculada a partir dessa escurecida, o intervalo de tempo que duram as piscadas e a massa da estrela.

O astrônomo disse em uma conferência que o telescópio espacial já descobriu 140 planetas com o mesmo tamanho da Terra.

Sasselov revelou suas descobertas na conferência TedGlobal na semana passada em Oxford, na Inglaterra, um evento em que os participantes têm até 18 minutos para descrever sua "grande ideia".

Segundo o astrônomo, “ainda existe muito trabalho a fazer, mas esses resultados mostram, em alto e bom som, que planetas como o nosso estão lá fora”.

No próximo estágio do estudo, os pesquisadores vão estudar todos os planetas e tentar descobrir quais têm condições de abrigar vida.

O astrônomo contou que nos últimos 15 anos quase 500 planetas foram encontrados em volta de outras estrelas da galáxia, mas até agora poucos foram considerados parecidos à Terra.

Segundo o astrônomo, "a ciência está redefinindo a vida como as conhecemos".

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