sábado, 16 de outubro de 2010

Aprenda técnicas para um beijo inesquecível

"Uma mordida leve que ganhou educação, um segredo contado entre silêncios, o único doce que não causa cáries...". Estas são algumas das muitas definições do beijo, uma carícia úmida e íntima que, para alguns, "não se entrega com os lábios, mas com o coração", e que para outros "nunca deve ser dado com os olhos abertos porque essa é a forma mais cega de beijar".




Para a psicoterapeuta americana Cherie Byrd, de 56 anos, que se define como uma "beijadora lasciva" e que fundou em Seattle (EUA) uma Academia do Beijo, pela qual passaram centenas de casais desde 1998, nunca é excessiva a ênfase posta no ato de beijar, porque é crucial e "um mal primeiro beijo pressagia uma relação sentimental terrível e infrutífera".



Ao representar o primeiro contato com um novo par, o beijo pode chegar a ser tão importante como para decidir, baseando-se nele, se haverá um segundo encontro. Uma vez iniciada a relação, o ósculo é um ingrediente fundamental do encontro erótico, tanto antes, como durante e depois da união sexual, para despertar o desejo, aprofundar a sensualidade, e coroá-la com ternura.



Embora seja um erro considerar o beijo como um mero meio para conseguir algo: é um fim erótico em si mesmo, que pode proporcionar uma sensação de intimidade emocional e prazer compartilhado, que até mesmo uma relação sexual chega a dar.



A língua está cheia de nervos sensíveis: conforme avança, acaricia, esfrega e estimula o interior da outra boca, produz inumeráveis sensações prazerosas. Se o beijo for dado com os lábios fechados secos ou úmidos, produz sensações muito excitantes, se for dado com a boca aberta ainda pode ser muito mais complexo e apaixonado. Inclusive o menos passional dos beijos tem um alto valor sexual.



Para os chineses, que o descrevem nos tratados mais antigos sobre as técnicas do amor, o beijo é a primeira manifestação entre duas pessoas que desejam se amar, "a primeira onda do amor". Eles firmam que o beijo é fundamental para que "a barca do amor carnal deslize sobre rios de voluptuosidade".



A doutora Byrd, que publicou o livro A escola de beijar: sete lições de amor, lábios e força da vida, brinda algumas pautas básicas para que essa barca chegue a bom porto. A psicoterapeuta aconselha não se apressar nem se impacientar. Desfrutando o momento, deve-se relaxar, já que não há nada mais impessoal e frio que um beijo com os lábios apertados.



Também é importante captar o ritmo, intercambiando a princípio uma série de beijos lentos, suaves e curtos sem frenesi. Independentemente do tipo de beijo, os movimentos devem ser suaves e delicados a todos os momentos e em todas as situações.



Segundo a psicoterapeuta Saïda Elkefi, os orientais distinguem quatro tipos de beijos: o primeiro dos quais consiste no simples contato dos lábios fechados, que pode ser embriagador e é o "primeiro sopro de vento que estremece a flor, e que muito em breve, se torna insuficiente".



Depois chega o beijo simples, límpido e sereno, no qual os lábios unem suas salivas, o que conduz de forma natural, ao beijo profundo, no qual as línguas se entrelaçam. Por último, chega o beijo penetrante, em que cada um introduz sua língua na boca do outro na busca de contatos mais profundos e intensos. Agência EFE





Confira as dicas da expert no assunto.



Beijo de virar a cabeça:

O livro Kama Sutra - escrito entre os anos 100 e 400 D.C. - já valorizava diversas formas de beijar, como o "beijo de virar a cabeça". É o beijo que a mulher dá em seu parceiro quando ele está ocupado com algo que está lhe preocupando, de modo a afastar a tensão da mente dele e trazer pensamentos de amor.



Beijo em todo o corpo

Segundo o Kama Sutra, a maior parte do corpo reage ao beijo, sendo que os lábios e seios são especialmente sensuais ao toque da boca. Por isso, quanto mais próximo é o beijo dos órgãos genitais, mais intenso é o prazer. A intensidade do beijo varia de acordo com o local do corpo em que é aplicado e pode ser moderado, pressionado ou suave.



Técnica árabe do beijo

Para os árabes, o beijo durante o ato sexual é indispensável. Segundo eles o melhor beijo é aquele dado com a boca umedecida e combinado com a sucção dos lábios e da língua. Nesse tipo de beijo, o homem também deve mordiscar suavemente a língua da mulher.



Beijos segundo a técnica indiana de fazer amor

O Ananga Ranga - livro semelhante ao Kama Sutra - recomenda que certos tipos de beijos devem fazer parte da fase inicial das preliminares:



No Ghatika: beijo na nuca

No Uttaroshtha: beijo no lábio superior

Pratibodha: beijo do despertar. Onde um dos parceiros, ao encontrar o outro dormindo, encosta os lábios no outro - aumentando a pressão até que ele acorde.



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